quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Carga Inútil

Certo dia, um professor atento ao comportamento dos seus alunos observou que poderia ajudá-los a resolver alguns problemas de cunho íntimo, e propôs uma atividade.


Pediu a todos que levassem uma sacola e algumas pedras, de vários tamanhos e formas para a próxima aula. No dia seguinte, orientou que cada um escolhesse uma pedra e escrevesse nela o nome de cada pessoa de quem sentiam mágoa, inveja, rancor, ou ciúme. A pedra deveria ser escolhida conforme o tamanho do sentimento.


Depois que todos haviam terminado a tarefa, o professor pediu que eles colocassem as pedras na sacola e a carregassem junto ao corpo para todos os lugares onde fossem, dia e noite.


Se alguma pessoa viesse a lhes causar sofrimento ainda intenso, eles poderiam substituir a pedra menor por uma maior. E se uma nova pessoa os magoasse, deveriam escolher uma nova pedra, escrever o nome dela e colocar na sacola. E quem resolvesse o problema com algumas das pessoas cujos nomes haviam escrito nas pedras, poderiam retirar a pedra e lançá-la fora.


Assim foi feito. Algumas sacolas ficaram cheias e pesadas, mas ninguém reclamou.


Naturalmente, com o passar dos dias, o conteúdo das sacolas aumentou em vez de diminuir. O incômodo de carregar aquele peso se tornava cada vez mais evidente.


Com o passar dos dias os alunos começaram a mostrar descontentamento. Afinal de contas, estavam sendo privados de muitos movimentos, pois as pedras pesavam, e alguns ferimentos surgiram, provocados pelas saliências de algumas delas. Para não esquecer a sacola em nenhum lugar, os alunos deixavam de prestar atenção em outras coisas que eram importantes para eles.


Passado algum tempo, os alunos pediram uma reunião com o professor e falaram que não dava mais para continuar a experiência, pois estavam cansados de carregar aquele peso morto, e alguns ferimentos incomodavam.


O professor, que já aguardava pelo momento, falou-lhes com sabedoria: - Essa experiência foi criada para lhes mostrar o tamanho do peso espiritual que a mágoa, a inveja, o rancor ou o ciúme, ocasionam.


Quem mantém esses sentimentos no coração, perde precioso tempo na vida, deixa de prestar atenção em fatos importantes, além de provocar enfermidades como conseqüência.


Esse é o preço que se paga todos os dias para manter a dor e os sentimentos negativos que desejamos guardar conosco. Agora a escolha é de vocês.


Vocês têm duas opções: jogam fora as pedras ou continuam a mantê-las diariamente, desperdiçando forças para carregá-las. Se vocês optarem pela paz íntima terão que se livrar desses sentimentos negativos.


Um a um, os alunos foram se desfazendo das pesadas sacolas, e todos foram unânimes em admitir que estavam se sentindo mais leves, em todos o sentidos.


A proposta era de deixar com as pedras os ressentimentos que cada uma delas representava. E isso dava a cada um a sensação de alívio.


Por fim todos se abraçaram e confessaram que naquele gesto simples descobriram que não vale a pena perder tempo e saúde carregando um fardo inútil e prejudicial.


Seja qual for a dificuldade que te impulsione à mágoa, reage, mediante a renovação de propósitos, não valorizando ofensas nem considerando ofensores.


Jogue as mágoas fora! Perdoe e deixe ser perdoado!

A soma dos Talentos

Se a nota dissesse: 'Não é uma nota que faz uma música'.
...não haveria sinfonia.

Se a palavra dissesse: 'Não é uma palavra que pode fazer uma página'.
...não haveria livro.

Se a pedra dissesse: 'Não é uma pedra que pode montar uma parede'.
...não haveria casa.

Se a gota dissesse: 'Não é uma gota que pode fazer um rio'.
...não haveria oceano.

Se o grão de trigo dissesse: 'Não é um grão de trigo que pode semear um campo'.
...não haveria colheita.

Se o homem dissesse: 'Não é um gesto de amor que pode salvar a humanidade', jamais haveria justiça e paz,
dignidade e felicidade na terra dos homens.

Como a sinfonia precisa de cada nota.

Como o livro precisa de cada palavra.

Como o oceano precisa de cada gota de água.

Como a casa precisa de cada pedra.

Como a colheita precisa de cada grão de trigo.

A humanidade inteira precisa do Amor.